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Traplev (Caçador, SC, 1977), vive e trabalha entre Recife e Rio de Janeiro, Brasil.
Traplev é artista, bacharel e mestre em artes visuais pelo Centro de Artes da UDESC, em Florianópolis, SC e doutorando pela Pós-graduaçáo em Artes pela UERJ, no Rio de Janeiro (2023.1). O artista foi editor geral e cofundador da publicação RECIBO de artes visuais de 2002 a 2015, no qual publicou 18 números e mais de 74 mil exemplares distribuídos gratuitamente pelo Brasil.

Natural de Caçador, Santa Catarina, com sua família morou em algumas cidades no Sul, e de 1988 até 2007 morou em Florianópolis quando concluíu seu mestrado em artes visuais. Passou duas temporadas em Berlin na Alemanha entre 2008 e 2009, na volta ao Brasil, morou em Caçador por 6 meses, e ainda no final de 2009 foi morar no Rio de Janeiro, até 2011 quando foi para Recife onde residiu por 12 anos de 2011 a 2023, ano em que se desloca para o Rio de Janeiro para o doutorado. Traplev é pai de Matias (Recife, PE, 2012).

As pesquisas de Traplev se debruçam na experimentação da linguagem para elaboração de elementos pedagógicos que possam também ser instrumentalizados para a conscientização crítica, muitas vezes em forma de instalações, intervenções, objetos e imagens. O artista parte da análise de discursos políticos e midiáticos e do confronto dessas narrativas com fatos históricos e provocações estéticas, para produzir seus trabalhos.

Partindo de elementos da educação crítica e democrática de pensadores como Bel Hooks, Paulo Freire e Anísio Teixeira, o artista desenvolve o programa “re-alfabetização política urgente”. Neste programa, o artista ativa a obra também por meio de oficinas e encontros de facilitação para debates, tendo como ferramenta a obra “Almofadas Pedagógicas”, na qual estampa em almofadas (formato assento) referências à movimentos sociais, fatos históricos e políticos, de modo a criar um instrumento pedagógico e físico para a inserção de conteúdos em espaços de educação social e cultural.

Entre algumas de suas exposições individuais estão:
2023: Princípios e Referências para o Bem-Estar Social: Almofadas Pedagógicas. Ação de doação de conjunto de almofadas + oficina e exposição, Biblioteca Mário de Andrade, São Paulo, SP;
2019: Como ativar os estilhaços da história pela linguagem, curadoria Germano Dushá, Galeria Periscópio, Belo Horizonte, BH; 2017: novasbandeiras entre almofadas pedagógicas, Sé galeria, SP; Sistemas de Estruturas e Elementos de Fachada, sala 5, Galeria Fayga Ostrower, Funarte Brasília; 2015 equivalência absurda - sala 3, Sé Galeria; ambiente sem título 2, Galeria do Centro Cultural do Sistema FIEP-SESI, Curitiba, PR; 2011: validades e frustrações sala 5 - Prêmio Marcantonio Vilaça de Artes Plásticas – Funarte, Museu de Arte de Santa Catarina (MASC); Florianópois/SC; 2009: Die Alsdehnung als Effekt (A Extensão como Efeito) Montgomery, Berlim; 2005: Novos Laboratórios, Museu de Arte Contemporânea de Goías, Goiânia.

Entre algumas das últimas coletivas:
2023 – Arte Livre, Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro, RJ; Da Ruína ao Rebote, curadoria Beto Shwafaty, Casa Amélia, São Paulo, SP;
2022: 64º salão paranaense de arte contemporânea, MAC-PR, Curitiba;
2021: Língua Solta, curadoria Fabiana de Moraes e Moacir dos Anjos, Museu da Língua Portuguesa, São Paulo; Educação Pela Pedra, curadoria Moacir dos Anjos, Museu Paranaense, Curitiba, PR; 2019: Meta-Arquivo, espaço de escuta e leitura de histórias da ditadura, curadoria Ana Pato, Sesc Belenzinho, Sâo Paulo; Onte, Hoje, Agora, Solar dos Abacaxis, curadoria Catarina Duncan, Rio de Janeiro; 2018: Arte Democracia e Utopia, curadoria de Moacir dos Anjos, Museu de Arte do Rio, RJ, MITOMOTIM, curadoria de Júlia Rebouças, Galpão Videobrasil, São Paulo, 2017: 'How to Remain Silent?' at the A4 Arts Foundation, Curadora Juliana Caffé, Cape Town South Africa; Bandeiras da Revolução: Pernambuco 1887-2017, Curadoria Moacir dos Anjos, Fundaj, Recife, PE; Trienal Frestas de Arte Contemporânea em Sorocaba, SP, Curadoria Daniela Labra e Fabio Tremonte, O terceiro mundo pede benção e vai dormir, Curadoria Victor Gorgulho, Despina, RJ e Fundação Iberê Camargo Porto Alegre, RS; 2016: Terra Falsa, curadoria de Fernando Ticoulat, SP; O que vem com a aurora, curadoria Bernardo Mosqueira, Galeria Casa Triângulo, SP; Somos mais de mil, curadoria Marta Mestre, Parque Lage, Rio de Janeiro; Depois do Futuro, curadoria Daniela Labra, Parque Lage, Rio de Janeiro, Esforço-Desempenho, curadoria de Germano Dushá - Galeria Athena Contemporânea, Rio de Janeiro; 2014: Estado de Suspensão, curadoria Fernando Ticoulat e Germano Dushá, Coletor, São Paulo; 2015: do avesso, do avesso, do avesso, do avesso, curadoria de Maria Montero, Sé Galeria, São Paulo; 2014: Estado de Suspensão, Curadoria: Fernando Ticoulat e Germano Dushá, Coletor, São Paulo, SP; Valsas, Curadoria Ana Maria Maia, Galeria Amparo 60, Recife, PE; Viva Maria, Curadoria Maria Monteiro, Galeria Luciana Brito, São Paulo, SP; 2013: Salão de Arte de Natal, RN; Campo Neutral, curadoria Felipe Prando, Museu da Gravura Cidade de Curitiba, PR; 2012: Agencia de assuntos sub-tropicales, curadoria Teresa Riccardi, Espacio de Arte Contemporaneo (EAC), Montevideo, Uruguay; 2010: À sombra do futuro - Instituto Cervantes de São Paulo, curadoria de Luiza Proença, Roberto Winter e Deyson Gilbert.
Traplev na instalação de sua individual "a extensão como efeito", Montgomery, Berlim, 2009.
Traplev na frente de sua intervenção no aterro do Flamengo no projeto AR LIVRE ARTE LIVRE, 2023. Foto: Amanda Costa
Programas de Residência: 2016: Casa Comum, Rio de Janeiro, 2009: Lugar a Dudas, Cali, Colômbia; 2007/2008: Montgomery, Berlim, Alemanha; 2006: El Basilisco en Avellaneda Buenos Aires, Argentina e 2002: Faxinal das Artes em Faxinal do Céu no Paraná, Brasil.

Entre alguns dos prêmios recebidos estão: 2015: Prêmio Arte Contemporânea Funarte, Galeria Fayga Ostrower, Brasília, DF; 2014 programa laboratório curatorial da SP-Arte com Adriano Pedrosa onde desenvolveu o projeto GR█VE; 2013-2015: FUNCULTURA de Pernambuco para produzir seis novos números de recibos; 2012-2013: Conexão de Artes Visuais – Funarte\MinC\Petrobras com o projeto Recibo 10 anos, no qual produz o recibo █; em 2012: 48º Salão de Pernambuco de Artes Plásticas em Recife; em 2011: Rede Nacional de Artes Visuais da Funarte para realizar no ano de 2012 em Belém do Pará o projeto Encontro Impresso (espaço 5) ciclo de discussão organizado em colaboração com outros artistas e como desdobramento do projeto produziu uma edição especial: recibo jambu 15.

Desde 2017 o artista vem desenvolvendo a pesquisa das Almofadas Pedagógicas, no qual reúne uma espécie de índice de movimentos, fatos e personagens de luta por justiça no Brasil, onde Traplev ministra uma oficina teórica para compartilhar essa linha histórica e em permanente atualização.