recibo 3
O primeiro recibo surgiu em 2002 na cidade de Florianópolis a partir de um grupo de estudantes de artes plásticas do Centro de Artes Visuais da UDESC em Santa Catarina. Tendo em vista a ausência de agentes do circuito, como a crítica, a instituição e a circulação de conteúdos referentes à produção artística, nos reunimos e financiamos o primeiro número no intuito de registrar a situação que vivia o circuito de arte local, questionando e tentando abrir um diálogo com a cena artística da cidade e ao redores, com diversos textos de crítica e uma ou outra intervenção, recibo surgiu na intenção da circulação da crítica autônoma, criando seu próprio circuito.

Seu primeiro lançamento ocorreu em um dos principais projetos de arte contemporânea de SC do início dos anos 2000, o Projeto Schwanke coordenado por Charles Narloch (que faz referência ao artista Henrique Schwanke morto nos anos de 1990), então praticamente o único contexto onde havia um intercâmbio sobre práticas artísticas contemporâneas. A princípio a ideia do grupo era continuar a produzir outras edições, mas coletivamente foi produzido apenas esse número com uma tiragem de dois mil exemplares e distribuído além de Florianópolis para outras regiões e estados.

No que poderia ser chamado do primeiro editorial do recibo reproduzo o publicado:

"Recibo é uma publicação independente produzida por: rô traplev, larissa abi-zaid, julia amaral, zé lacerda, roberto freitas, yiftah peled, raquel stolf, lucila vilela, lela martorano, elisa noronha, cynthia pimenta, nara milioli, fernando lindote, marta martins, fabiana wielewick e letícia cardoso. Um espaço de livre expressão que procura abordar as questões culturais do Estado em que nos encontramos. 2000 exemplares. Distribuição gratuita e nacional".
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